Todos os seres humanos são médiuns naturais e exercem sua mediunidade no quotidiano. A base da mediunidade é a energia sutil que nasce na corrente sangüínea e se volatiza pelo sistema nervoso. Sempre que essa energia se manifesta, acima do controle normal do indivíduo, ela produz um desequilíbrio. A pessoa, então, ou se inclina para uma vivência negativada (doenças, desânimos, incapacidade social) ou encontra um padrão religioso de viver (realizações, entusiasmo, sociabilidade). Desenvolver a mediunidade consiste então em conhecer, familiarizar-se com o fator mediúnico em seus aspectos básicos: o técnico, o doutrinário e o místico. Isso produz um encontro da personalidade com a individualidade, sendo esse fato a base de todas as religiões ("religare").
O sexto sentido - a mediunidade - é a nossa relação com outras dimensões, fora dos nossos conceitos limitadores de tempo e espaço.
Quando reencarna, o espírito traz geralmente sua missão, obrigando-o a desenvolver e utilizar sua mediunidade, que pode ser cármica, quando ela atua como fator de equilíbrio dos conflitos da personalidade, ou espiritual, refletindo a obra do espírito, como missionário do Sistema Crístico, colaborador da obra divina.
Podemos chamar o sistema nervoso (*) simpático ou autônomo de passivo e o parassimpático de ativo, para facilitar o entendimento dos dois tipos de mediunidade em nossa Corrente do Amanhecer:
1) a do Apará, o médium de incorporação, está baseada no sistema nervoso passivo, com base no plexo solar, tendo natureza passiva, orgânica e anímica, onde a vontade e a consciência pouco ou nada atuam, uma vez que o ser que se comunica entra em contato direto com seu sistema nervoso e assume parcialmente o controle mental do médium, fazendo a sua comunicação, que tanto mais perfeita será quanto menor for a parcela de consciência do médium; e
2) a do Doutrinador, que funciona com base física, no sistema nervoso ativo, feita pelo processo cerebral, pela sensibilização do sistema endócrino, centrado na glândula pineal, com predomínio da consciência e da vontade, fazendo com que passasse a existir um transe mediúnico totalmente consciente.
A mediunidade é um fenômeno natural, de natureza igual em todos os seres, e varia em teor, quantidade e forma de uma pessoa para outra, fazendo com que não existam dois médiuns iguais. Pode, até mesmo, ficar latente, contida pelo desenvolvimento cultural e religioso daquele que a contém.
O médium é o intermediário, o que faz a ligação entre o que é objetivo e o subjetivo, o que, pela intuição e ligações mais refinadas, liga um plano a outro, o que permite o intercâmbio entre o mundo material e o mundo espiritual. Trata-se de um dom natural e comum, tendo ocorrido, na História da Humanidade, de forma ostensiva, mas sempre tratada com visão deturpada como sendo manifestação do sobrenatural, fruto de milagres ou sob aspecto supersticioso.
Na nossa Doutrina, a mediunidade é vista como um fato natural, real e comprovável em qualquer pessoa.
A base da mediunidade é uma energia sutil que se origina na corrente sangüínea e se volatiza pelo sistema nervoso. Todos os seres humanos são médiuns naturais, manipulando essa energia de forma subconsciente e controlada apenas pelos seus sentimentos e pensamentos.
Todavia, há casos em que esse controle escapa à vontade do indivíduo, conduzindo-o a uma vivência negativada, marcada por doenças, desânimo, desajustes sociais e desequilíbrio emocional, ou, num outro extremo, à exacerbação religiosa. A idéia da mediunidade é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, que no seu manual DSM IV, recomenda aos clínicos que devem ser muito cuidadosos ao tratarem de casos em que o paciente alega estar ouvindo ou vendo espíritos de pessoas desencarnadas porque isso não se liga a qualquer processo patológico.
Muitos cuidados devem se ter com a mediunidade, destacando-se como muito importante a forma de ser conduzida e desenvolvida. O médium capta vibrações dos planos espirituais e manipula essas energias com seu magnético animal, produzindo poderoso fluxo energético. Dependendo de sua consciência, deve começar a aprender a usar esse poder, integrando-se a uma corrente na qual se sinta harmonizado, participando ativamente dessa corrente, seja ela positiva ou negativa isto é, esteja ou não integrada no Sistema Crístico.
O desenvolvimento mediúnico deve ser feito com consciência, trabalho, estudo, abnegação e amor.
Nada acontece rapidamente, na Terra. O médium inquieto, apressado, precipitado, desejoso de logo transmitir as mensagens do Céu antes de chegar ao seu ponto de preparação, é candidato ao desequilíbrio e às perturbações da mente.
Com boa vontade, o médium procura no Evangelho as luzes das aulas do Divino e Amado Mestre Jesus, aprendendo a servir com tolerância, humildade e amor, despertando todo seu potencial mediúnico, que lhe dará a oportunidade de resgatar erros transcendentais e corrigir suas próprias deficiências e desajustes, fazendo da sua mediunidade instrumento de sua reabilitação.
Na Doutrina do Amanhecer só levamos em consideração dois aspectos da mediunidade: a de incorporação, o médium APARÁ, força vibratória, que incorpora uma entidade; e a do DOUTRINADOR, força básica de sua manifestação silenciosa, porém concreta, em perfeita sintonia com os planos espirituais. As demais formas de mediunidade - psicografia, vidência, audição e outras - podem existir, mas não são desenvolvidas, por estarem sujeitas a interferências e outros riscos desnecessários, já que lidamos com grande quantidade de médiuns e, por nossas Leis, não são usadas em nossos trabalhos.
Extraído de Observações Tumarã
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