Não há maior dignidade para um Centurião do que a sua Humildade.
Não há maior preparo para um Centurião do que a sua Tolerância.
Não retornariam tantos Centuriões se não fosse o Amor.
Na antiga Roma eram os deuses os orientadores ocultos dos destinos dos homens. A força física era considerada como uma virtude de beleza e poder, e quando aliada à experiência de combates e conquistas, transformava qualquer homem em um semideus as vistas de um povo marcado pela adoração do ouro.
Idos de 27 a.C. e começava um período de grandes transformações nas regiões próximas ao Mar Mediterrâneo, quando Otaviano, também nomeado como Augusto, o primeiro Imperador Romano, daria início a um período de grandes batalhas e conquistas territoriais, que atingiriam toda a borda marítima da região.
Mais uma vez, espíritos Capelinos que já haviam tido outras oportunidades encarnatórias no planeta Terra, estariam ocupando cargos notáveis nesta cultura expansionista, ao passo que tantos outros exilados estariam assim também expiando, agora sob o domínio de algozes, seus destemperos sentimentais praticados em outras vidas quando haviam estado na posição de mandatários.
Naquele tempo, a escravidão e os maus tratos ainda eram marcas indeléveis quando do reencontro de consciências que não aproveitaram tantas oportunidades em acender a chama da fraternidade.
O tempo era, literalmente, marcado pelo sol, que rodeava escravos e senhores, em diversas glebas de produção de milho, sorgo e trigo e outros cultivos. A espada reluzia a cessar muitas vidas, principalmente a dos que não honrassem seus deveres com o Estado. Havia os que empregavam suas forças no plantio nas próprias terras ou nas de outrem, outros canalizavam suas energias na administração pública e tantos outros se transformaram em condutores de ordens imperiais ou de cobranças de impostos.
A Força Militar era de orgulho e respeito singular entre o povo romano, pois seus conhecimentos nas artes do estratagema e da disciplina era o que sustentava uma elite de homens destemidos e que muito amedrontava os oponentes. Uma figura destacava-se naquela época, carregava sempre um histórico pessoal de vitórias e coragem, além de possuir um tratamento de dignitário: era o Centurião.
A base de todas as conquistas territoriais romanas estava alicerçada nesta figura de imponente presença à época. Os Centuriões não iam observar seus agrupamentos em batalhas, mas sim estar sempre à frente dos mesmos, sendo, por vezes, os primeiros a serem feridos. Grande parte perecia em Campos de Batalhas e os que retornavam colhiam suas glórias em reconhecimento e prêmios materiais.
Mas, apesar de tamanha imponência histórica, o fato maior, que nos faz perseverar na fé, foi o encontro entre o Mestre Jesus e um Centurião quando o Amado Mestre passava pela localidade de Cafarnaum (Mateus 8:5) (Lucas 7:1), na época um vilarejo e ponto de apoio às tropas romanas, hoje uma pequena localidade pertencente ao Estado de Israel, ao norte do Mar da Galiléia. O Centurião estava com um de seus servos bastante enfermo, sem mesmo poder locomover-se, e encontrando-se com o Mestre Jesus solicitou-lhe que intercedesse em seu favor.
“E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde.” (Mateus 8:7)
Imediatamente o Centurião disse que não era digno ter Jesus sob o seu telhado, mas que uma única palavra que o Mestre dissesse, saberia que o seu servo seria curado (Mateus 8:8).
Naquele momento, o Centurião estava dando provas da verdadeira fé, que na verdade, em seu significado maior, não é aquilo que queiramos que aconteça e criamos uma certeza nisto, mas sim uma entrega e comunhão sincera com o poder de Deus Pai-Todo Poderoso, que naquela situação era representado pelo Amado Mestre Jesus.
“E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.” (Mateus 8:10)
O Romano, naquele momento como “invasor” nas terras das tribos na região de Israel, surpreendeu a Jesus de maneira tal que o Mestre concedeu-lhe energia Crística e esse se dirigiu a seu servo, o qual recebeu a cura e se restabeleceu de imediato. Naquele momento, o bravio Centurião transformara-se, em realidade, em servidor, e deste modo, um pouco pôde entender da proposta da vinda do Caminheiro.
Muitos e muitos Jaguares são feitos Centuriões nesta transição planetária e receberam uma nova Missão! Agora cientes da causa de suas espadas contra si mesmos, emanam a razão e o poder do encontro com a força de Cristo Jesus! Revigora a Luz do Sol!
Desta vez, a maior conquista e reconhecimento é ver-se definitivamente sob a égide da Cura e do Conhecimento, e os maus tratos, estes já se foram, tudo neste ponto é transformação.
Centurião no Vale do Amanhecer
O Centurião no antigo exército romano.
Era a patente de um homem responsável por outros cem homens.
Hoje, no Vale do Amanhecer, o Centurião é o médium completo. Preparado e conhecedor das Leis e Chaves do Amanhecer. Através da Centúria o médium verdadeiramente deve tomar consciência de sua missão. Passa a ter a responsabilidade de conhecer nossas leis, e saber conduzir-se em um trabalho, seja comandando ou comandado. Soma-se a isso a responsabilidade de também externar a sua conduta.
Quando falo em externar sua conduta, significa que não apenas dentro do Templo se deve buscar o equilíbrio, a humildade, a tolerância e o amor. O conhecimento implica em assumir nossos atos, e buscar verdadeiramente, 24 horas por dia, a própria evolução. É compreender que terá que aplicar na prática diária o comportamento que já deve estar tendo dentro do templo. Por este motivo, nunca se questiona “quem é a pessoa” quando ingressa na Doutrina. O conhecimento vai libertando cada um de sua ignorância inicial, e aquele que antes poderia estar na marginalidade, com o tempo, vão compreendo a incompatibilidade do que realiza no templo, com o quê possa estar fazendo de errado fora dele.
Através de nossas ações, mudamos nossa vida!
Todos os dias deverão pedir o devido auxílio para zelar pelos nossos pensamentos, palavras e ações.
O Centurião perde o direito ao julgamento do próximo, passa a ser juiz de si mesmo! Tia Neiva já afirmava que “o maior desajuste é o julgamento". Julgamento é uma palavra bastante abrangente, se refere até mesmo para aqueles momentos em que acreditamos estar sendo vibrados. Esta simples preocupação já gera uma vibração, e aquele que a recebe, muitas vezes está isento, assim aquela força volta para sua origem, fazendo mal justamente ao seu emissor.
Nossa forma de avaliação só pode basear-se nas coisas práticas. Verificando pelos frutos... É pelo fruto que se conhece a árvore.
Nos Planos Espirituais Superiores o Centurião é o Cavaleiro, o guardião, costumava dizer nas aulas que era a “Policia Federal”.
A relação entre Centúria e comando somente se dá pelo gabarito adquirido de conhecer as Chaves e Leis. Se sua missão está nisso ou não, na verdade não importa! Trabalho espiritual é trabalho espiritual! Somente sua consciência e mediunização poderão avaliar o quanto você está recebendo em cada realização. Afirmo que muitas vezes um médium em uma mesa evangélica pode receber mais que um comandante na Estrela Candente... Tudo depende da sintonia com que se realiza o trabalho.
As Consagrações e Classificações implicam primeiramente em MAIS RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO.
"A Centúria significa para o Apará um portal de desintegração aos mundos ainda desconhecidos, é mais uma chave com mil conhecimentos”. Tia Neiva