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ATENDIMENTO AOS DOMINGOS E TERÇAS-FEIRAS:


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DOMINGOS 15:00 Hs.
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10:00 Hs : ATENDIMENTO AOS MÉDIUNS, PALESTRA E DESENVOLVIMENTO ***AOS DOMINGOS.




Minha prece...

Salve Deus

"OBRIGADO DEUS POR NÃO PERMITIR QUE EU PERCA O EQUILÍBRIO, QUANDO SEI QUE INÚMERAS FORÇAS QUEREM QUE EU CAIA."


terça-feira, 14 de junho de 2011

MEDIUNIDADE


Todos os seres humanos são médiuns naturais e exercem sua mediunidade no quotidiano. A base da mediunidade é a energia sutil que nasce na corrente sangüínea e se volatiza pelo sistema nervoso. Sempre que essa energia se manifesta, acima do controle normal do indivíduo, ela produz um desequilíbrio. A pessoa, então, ou se inclina para uma vivência negativada (doenças, desânimos, incapacidade social) ou encontra um padrão religioso de viver (realizações, entusiasmo, sociabilidade). Desenvolver a mediunidade consiste então em conhecer, familiarizar-se com o fator mediúnico em seus aspectos básicos: o técnico, o doutrinário e o místico. Isso produz um encontro da personalidade com a individualidade, sendo esse fato a base de todas as religiões ("religare").
O sexto sentido - a mediunidade - é a nossa relação com outras dimensões, fora dos nossos conceitos limitadores de tempo e espaço.

Quando reencarna, o espírito traz geralmente sua missão, obrigando-o a desenvolver e utilizar sua mediunidade, que pode ser cármica, quando ela atua como  fator de equilíbrio dos conflitos da personalidade, ou espiritual, refletindo a obra do espírito, como missionário do Sistema Crístico, colaborador da obra divina.
Podemos chamar o  sistema nervoso (*) simpático ou autônomo de passivo e o parassimpático de ativo, para facilitar o entendimento dos dois tipos de mediunidade em nossa Corrente do Amanhecer:
1) a do Apará, o médium de incorporação, está baseada no sistema nervoso passivo, com base no plexo solar, tendo natureza passiva, orgânica e anímica, onde a vontade e a consciência pouco ou nada atuam, uma vez que o ser que se comunica entra em contato direto com seu sistema nervoso e assume parcialmente o controle mental do médium, fazendo a sua comunicação, que tanto mais perfeita será quanto menor for a parcela de consciência do médium; e

2) a do Doutrinador, que funciona com base física, no sistema nervoso ativo, feita pelo processo cerebral, pela sensibilização do sistema endócrino, centrado na glândula pineal, com predomínio da consciência e da vontade, fazendo com que passasse a existir um transe mediúnico totalmente consciente.
A mediunidade é um fenômeno natural, de natureza igual em todos os seres, e varia em teor, quantidade e forma de uma pessoa para outra, fazendo com que não existam dois médiuns iguais. Pode, até mesmo, ficar latente, contida pelo desenvolvimento cultural e religioso daquele que a contém.
O médium é o intermediário, o que faz a ligação entre o que é objetivo e o subjetivo, o que, pela intuição e ligações mais refinadas, liga um plano a outro, o que permite o intercâmbio entre o mundo material e o mundo espiritual. Trata-se de um dom natural e comum, tendo ocorrido, na História da Humanidade, de forma ostensiva, mas sempre tratada com visão deturpada como sendo manifestação do sobrenatural, fruto de milagres ou sob aspecto supersticioso. 
Na nossa Doutrina, a mediunidade é vista como um fato natural, real e comprovável em qualquer pessoa. 
A base da mediunidade é uma energia sutil que se origina na corrente sangüínea e se volatiza pelo sistema nervoso. Todos os seres humanos são médiuns naturais, manipulando essa energia de forma subconsciente e controlada apenas pelos seus sentimentos e pensamentos.
Todavia, há casos em que esse controle escapa à vontade do indivíduo, conduzindo-o a uma vivência negativada, marcada por doenças, desânimo, desajustes sociais e desequilíbrio emocional, ou, num outro extremo, à exacerbação religiosa. A idéia da mediunidade é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, que no seu manual DSM IV, recomenda aos clínicos que devem ser muito cuidadosos ao tratarem de casos em que o paciente alega estar ouvindo ou vendo espíritos de pessoas desencarnadas porque isso não se liga a qualquer processo patológico.
Muitos cuidados devem se ter com a mediunidade, destacando-se como muito importante a forma de ser conduzida e desenvolvida. O médium capta vibrações dos planos espirituais e manipula essas energias com  seu magnético animal, produzindo poderoso fluxo energético. Dependendo de sua consciência, deve começar a aprender a usar esse poder, integrando-se a uma corrente na qual se sinta harmonizado, participando ativamente dessa corrente, seja ela positiva ou negativa isto é, esteja ou não integrada no Sistema Crístico.
O desenvolvimento mediúnico deve ser feito com consciência, trabalho, estudo, abnegação e amor.
Nada acontece rapidamente, na Terra. O médium inquieto, apressado, precipitado, desejoso de logo transmitir as mensagens do Céu antes de chegar ao seu ponto de preparação, é candidato ao desequilíbrio e às perturbações da mente.
Com boa vontade, o médium procura no Evangelho as luzes das aulas do Divino e Amado Mestre Jesus, aprendendo a servir com tolerância, humildade e amor, despertando todo seu potencial mediúnico, que lhe dará a oportunidade de resgatar erros transcendentais e corrigir suas próprias deficiências e desajustes, fazendo da sua mediunidade instrumento de sua reabilitação.
Na Doutrina do Amanhecer só levamos em consideração dois aspectos da mediunidade: a de incorporação, o médium APARÁ, força vibratória, que incorpora uma entidade; e a do DOUTRINADOR, força básica de sua manifestação silenciosa, porém concreta, em perfeita sintonia com os planos espirituais. As demais formas de mediunidade - psicografia, vidência, audição e outras - podem existir, mas não são desenvolvidas, por estarem sujeitas a interferências e outros riscos desnecessários, já que lidamos com grande quantidade de médiuns e, por nossas Leis, não são usadas em nossos trabalhos.

Extraído de Observações Tumarã

DEUS



O conceito de Deus tem algumas diversidades, de acordo com o que consideram as quatro principais religiões monoteístas seguidas pela maior parte da Humanidade, até o momento atual.
O Deus dos Católico, é um ser criador e salvador, pessoal, que ouve as orações e apelos do Homem, mas impõe a Justiça e castiga os que cometem pecados e infringem suas leis e, embora único, compreende três forças distintas – a Santíssima Trindade: o Pai – o Criador; o Filho – Jesus Cristo; e o Espírito Santo – o Consolador.
O Judaísmo, crê na tradição mística da cabala (*), em Javé (Iahweh) ou Jeová, que teria estabelecido pacto com o povo Hebreu, amando, protegendo e punindo esse povo, e que é único, criador de todo o universo e governa todos os povos e formas de vida da Terra, manifestando-se em três linhas: kether – a Coroa, na criação dos vários universos; chokman – a Sabedoria; e binah – o Conhecimento.
Para o Islamismo, Deus é Alá e Maomé o seu profeta, sendo o único, juiz e criador do mundo e de tudo que há nele, fazendo, no final dos tempos, com que todos os mortos ressuscitem, para serem julgados por seus atos, considerando que o Homem é tão imperfeito que não merece qualquer ajuda de Alá e, assim, não pode fazer nenhuma invocação ao seu Deus, mas que poderia progredir espiritualmente, sendo como uma gota rumo a se dissolver no mar, que é Deus.
Para o Budismo, Deus não tem uma definição individualizada, mas, sim, é uma idéia relacionada com um tipo de energia amorosa e luminosa atuante por todo o universo, estabelecendo nos Homens os sentimentos e ações ligados ao amor, à perfeição e à bondade, que levam os espíritos à purificação e iluminação interior.
No Hinduísmo, encontramos uma trindade como Deus – Brahman, com seus três aspectos distintos:Brahma, o Criador; Shiva, o Destruidor e Construtor; e Vishnu, o Mantenedor. Deus se manifesta neste nosso plano sob a forma de enviados – avatares.
No Espiritismo, Deus é o Ser Supremo, bem como o Fim Supremo, bom e justo, objetivo do progresso dos espíritos que, por suas reencarnações depurativas, através da vida em diversos mundos e dimensões, buscam os planos superiores. Jesus Cristo é o Filho de Deus, o aspecto divino sagrado mais próximo do ser humano.
Na Doutrina do Amanhecer, Deus é a Verdade Absoluta e não procuramos defini-lo e nem temos preocupação com isso. Sabemos que Deus é tão grandioso que o universo é pequeno para Ele, mas que Ele pode caber em nossos corações se tivermos amor, tolerância e humildade. Não nos atrevemos a dizer que Deus tem essas ou aquelas qualidades, que gosta ou não gosta disso ou daquilo, que assume essa ou aquela forma. Sabemos que Ele se manifesta por todo o universo, em todos os seres, não fazendo parte dessa manifestação cósmica por que é a fonte da criação. Aprendemos a ver Deus no mineral, no vegetal, no animal e no hominal como única essência transcendental.
Segundo o grau de evolução em que se encontra o espírito, o conceito de Deus se modifica e se expande. No estágio mais simples, a idéia é a de um Deus protetor, temível e ao qual devem ser dedicados sacrifícios e grande devoção, participando ativamente de todas as formas e condições da vida, interferindo em tudo o que acontece. Manifesta-se de diversas maneiras, principalmente através das forças da natureza. Submissão, total obediência às suas leis e punição pelo seu não-cumprimento geram o medo de castigos e a culpa, tornando o Homem excessivamente medroso para viver e, também, fazendo com que assumam personalidade autoritária, implacáveis com seus próprios erros e com os erros dos outros, com terríveis conflitos internos.
O espírito um pouco mais evoluído já reconhece um Deus forte e poderoso, mas, ao mesmo tempo, mais amoroso e indulgente, que implanta a disciplina universal pelo amor e pela ordem, fatores que devem ser buscados e obedecidos pelo Homem, bem como por todos os outros elementos da Terra, que seguem os desígnios divinos com maior confiança, reconhecendo seus limites e ampliando sua tolerância com os outros. Quando, no Mantra Universal, emitimos “seja feita a Tua vontade assim na Terra como nos planos espirituais”, estamos dando a nossa prova de total confiança em Deus e no que nos proporcionará como retorno, independentemente do que nos possa acontecer pessoalmente.
Um espírito em fase mais elevada de sua evolução, aprende a buscar um Deus amoroso e íntimo através da meditação, tentando se refugiar do tumulto da vida cotidiana numa projeção divina de paz e luz. Busca respostas para suas inquietações e o conhecimento interior, sentindo que a harmonia com os planos superiores podem levá-lo a um estado de recepção intuitiva mais amplo, aumentando seu autoconhecimento e o autodomínio de sua vida. Aprende a manter o equilíbrio entre sua vivência religiosa e sua vida amorosa entre as pessoas de seu convívio, no lar e no trabalho material.
 Com o progresso do espírito, mais luminosa e perfeita se torna a visão de Deus, na medida em que o espírito desperta para a existência e atuação da centelha divina de sua própria constituição, identificando-se com as forças poderosas do Pai Celestial, nosso Deus todo misericordioso. Na convivência com o trabalho na Lei do Auxílio e no equilíbrio de suas vibrações, aprimora seus relacionamento com as pessoas, curando e se curando no envolvimento das energias do amor incondicional, com maior integração interna e com um sentido verdadeiramente missionário à sua vida.
Nosso caminho é a Nova Estrada, onde trilhamos porque acreditamos ser Jesus de Nazareth o portador da Verdade, que nos levará a Deus. Jesus, o Divino e Amado Mestre, edificou a Escola do Caminho, estabelecendo um perfeito sistema que nos chegou através dos Evangelhos, pelo qual sabemos, percebemos e sentimos tudo o que precisamos a respeito de Deus, não sendo necessário desgastar nossas energias especulando a natureza de Deus. Foi superada a visão mosaica, de um Deus terrível, vingativo, rancoroso e mau, que “vingava a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira geração”! Ela é implícita e tranqüila em nossa vivência crística. Nossa Doutrina se resume nas três proposições básicas de Jesus: AMOR, TOLERÂNCIA e HUMILDADE - que constituem os três Reinos de nossa Natureza.
Com a aplicação deste princípio o Homem consegue reformular sua existência, atenuando seu carma, sendo útil e utilizando seu potencial mediúnico para a ajuda de irmãos encarnados e desencarnados, na Lei do Auxílio, e caminhar para Deus, encerrando o ciclo de nascer, viver, morrer e voltar a nascer. Porém, aqueles que ficam em outras jornadas, servindo aos semideuses ou sendo ateus, irão permanecer no ciclo das reencarnações até atingirem o conhecimento verdadeiro da natureza divina.

  • “Deus é Natureza, é a Verdade viva e absoluta, revestida de Luz! Deus é Verbo, Energia Luminosa de ação e reação. Deus é o canto supremo da Harmonia, na expressão mais alta da Justiça e do Amor. É a Ciência, a Força e a Razão! É a este poder cabalístico, filho, nesta Doutrina, que a Cabala de Ariano nos aconchega.” (Tia Neiva, 11.7.83)

sábado, 11 de junho de 2011

SIGA SEU CORAÇÃO


MEU FILHO JAGUAR




Salve Deus!


Filho, vamos começar nos primeiros passos para uma vida missionária.


Filho, seja você mesmo a descobrir a sua entrada na vida, sem profeta ou profetisa. Descubras o teu próprio caminho e ande com as suas próprias pernas. Desperte para a vida, para a verdadeira vida. Não desanime à frente dos obstáculos. Os obstáculos são atraídos pela força do nosso triste pensamento.


Não te impressiones com os sonhos e não fiques a querer interpretá-los. Sonho é uma arma dos supersticiosos, procure o lado bom da vida, seja otimista. Procure subir e espere sempre o melhor. Com o coração esperançoso teremos todas as coisas nobres que desejamos.


Filho, o que desejo é transmitir um pouco desta sabedoria que a vida Iniciática tem nos proporcionado nesta jornada.


Com Carinho, a Mãe em Cristo Jesus,

Tia Neiva

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A FILOSOFIA BÁSICA DO VALE


  A idéia mais simples e mais de acordo com a realidade que se pode ter do Vale do Amanhecer, é a de que se trata de um grupo humano, de pessoas comuns, as quais, mercê de suas dores e da busca de um lenitivo para elas, decidiram trabalhar para si e para seu próximo, baseadas nas exortações do Mestre Jesus, resumidas numa série de conceitos sob o título de “Doutrina do Amanhecer”, que é também chamada de “O Evangelho do Vale do Amanhecer”.
  Para que não haja a mínima dúvida quanto a essa Doutrina, os ensinamentos do Mestre são colocados de forma acessível a qualquer mente, independente de cultura intelectual ou escolaridade.
  A Doutrina do Amanhecer se resume em três propostas básicas de Jesus: o amor, a tolerância e a humildade. Com essas três posições, é possível a qualquer ser humano reformular sua existência, adquirir visão mais ampla da vida e equacionar seus problemas desta Terra.
  Alicerçada neste triângulo, a Escola do Caminho, do Mestre Jesus, permite compreender e analisar tudo que se passa em nosso mundo, e abrir caminho para as soluções da vida. A primeira resultante dessa filosofia básica é que a verdade só é percebida individualmente, por cada pessoa. Logo, o mundo não é como é, mas, sim, como cada pessoa o vê.
  Essa posição é diametralmente oposta aos conceitos vigentes nas bases da fase atual de nossa civilização, cuja posição é a de que o mundo é como é e não como nós o vemos.
  Por essas duas maneiras de ver, pode-se conceituar as coisas e as pessoas. No primeiro caso, o mundo e o universo estão de acordo com o dimensionamento da consciência do observador, e ele está em paz com o quê o cerca.
  No segundo caso, o homem vive em angústia, porque não tem certeza de nada que o cerca e vive em desacordo com a realidade, porque supõe que o mundo é algo diferente daquilo que registra. Nessa posição, o Homem é inteiramente dependente do que lhe é dito e ensinado. Logo, ele não tem individualidade, sendo, apenas, uma parte do coletivo. Na sua mente predomina a personalidade padronizada.
  Para que essa posição crística possa ser entendida, sem restar margem a dúvidas, o Vale ensina que o ser humano, o Homem, toma suas decisões com base nos estímulos, que partem de três diferentes fontes, existentes em si mesmo: a física, a psicológica e a espiritual.
  Resumindo: o Homem é composto de corpo, alma e espírito, separando objetivamente a idéia de alma (psique) da idéia de espírito.
  Tais conceitos podem ser encontrados mais detalhadamente nos livros publicados sob a responsabilidade da Ordem Espiritualista Cristã, entidade jurídica que rege o Vale do Amanhecer, particularmente “No Limiar do Terceiro Milênio” e “Instruções Práticas Para os Médiuns”, sendo este último publicado em fascículos.

O QUE É O VALE DO AMANHECER

ORIGEM ATUAL 

  O movimento doutrinário e religioso, conhecido como “Vale do Amanhecer”, tem dois aspectos distintos, duas maneiras de ser visto: a primeira, é em sua origem remota, o caminho percorrido pelos espíritos que o compõem; a das circunstâncias que presidiram sua formação atual.
  Em primeira instância, trata-se de um grupo de espíritos veteranos deste planeta, todos com 19 ou mais encarnações, juramentados ao Cristo e que se especializaram no trabalho de socorro, em períodos de confusão e insegurança. Tais situações surgem, sempre, no fim dos ciclos civilizatórios, quando a Humanidade passa de uma fase planetária para a seguinte. Esses ciclos, embora variáveis em termos de contagem do tempo, se apresentam à visão intelectual da História como tendo mais ou menos 2.000 anos. A cada dois milênios termina uma etapa e começa outra. Porém, por alguns séculos, as duas fases coexistem. Podemos tomar, como exemplo, o período que antecedeu o nascimento de Jesus e os três ou quatro séculos que se seguiram. Um exame acurado dos acontecimentos históricos registrados explica essa mistura de duas etapas.
  O mesmo está acontecendo em nossa época, desde o Século XVIII, em que o mundo como que explodiu em fantásticas conquistas sócio-econômicas, ao mesmo tempo em que começou a declinar no que poderia se chamar de “humanismo”. Esse fenômeno é particularmente verificável nesta Segunda metade do Século XX, no qual as conquistas científicas, por exemplo, coexistem com a desvalorização progressiva do ser humano. A característica de nossa civilização atual é de descrença e desesperança nas instituições, nos marcos civilizatórios que regem nossas atitudes.
  Num paradoxo aparente, essa “morte civilizatória” produz na mente do Homem a ansiedade por bases mentais mais firmes, mais calcadas na imortalidade da civilização. A descrença nas instituições regentes leva à busca de instituições mais biológicas, seguras, mais transcendentais. Isso pode ser facilmente percebido pela procura atual de soluções religiosas e de novas formas do encontro com o espírito.
  Atender a essa necessidade é exatamente a finalidade e a missão desse grupo de espíritos que aparecem sob a égide do “Vale do Amanhecer”.
  Sua missão é oferecer ao Homem angustiado e inseguro uma explicação de si mesmo e um roteiro para sua vida imediata.
  Para que isso fosse possível, e a missão cumprida com autenticidade, o trabalho não poderia ser feito seguindo-se as velhas fórmulas de religiosidade, considerando-se “velhas fórmulas” os documentos escritos, as revelações de iluminados, de profetas, das tradições, das doutrinas secretas e da dogmática de modo geral, empregada na base da fé e do medo.
  O Homem só adquire segurança quando o equacionamento de sua vida se apresenta verificável, para ele individualmente, qualquer que seja sua posição sócio-econômica. Se num primeiro momento as instituições lhe oferecem proteção e segurança, isso logo se desfaz na vivência dentro das mesmas, quando seu próprio juízo entra em contradição com elas. Nesse ponto, ele poderá não se afastar, por medo ou por falta de algo melhor, mas sempre, inevitavelmente, ele viverá em angústia.
  Por esse motivo fundamental, o movimento “Vale do Amanhecer” foi calcado na existência de um espírito clarividente, cujas afirmações e ensinamentos pudessem ser testados e verificados, individualmente, pela experiência de cada participante, sem jamais dar margens a dúvidas ou incertezas.
  Essa é a origem atual do Vale do Amanhecer, ou seja, a existência da Clarividência de Tia Neiva.
  Em 1959, ela era uma cidadã comum, embora com traços de personalidade incomum. Viúva, com quatro filhos, dedicou-se à estranha profissão, para uma mulher, de motorista, dirigindo seu próprio caminhão e competindo com outros profissionais. Sem nenhuma tendência religiosa, nunca, até 1959, quando completou 33 anos de idade, revelou propósitos de liderança  de espécie alguma.
  A partir dessa data, começaram a suceder, com ela, estranhos fenômenos na área do paranormal, da percepção extrasensorial, para os quais nem a ciência nem a religião locais forneceram explicação. O único amparo razoável foi encontrado na área do espiritismo, uma vez que as manifestações se pareciam coma fenomenologia habitual dessa doutrina.
  Os problemas foram se acentuando contra a sua vontade, e o acanhamento das concepções doutrinárias que a cercavam a levaram a uma inevitável solidão. Não havia realmente quem a entendesse, e isso a obrigou à aceitação das manifestações de sua clarividência. Incompreendida pelos Homens, ela teve que se voltar para o que lhe diziam os espíritos. Só neles ela começou a encontrar a coerência necessária para não perder o juízo e ter se tornado apenas mais uma doida a ser internada. A partir daí ela deixou de obedecer aos “entendidos” e se tornou dócil às instruções dos seres, invisíveis aos olhos comuns, mas para ela não só visíveis como também audíveis.
  Desde então, ela teve que abandonar parcialmente sua vida profissional e se dedicar à implantação do sistema que hoje se chama Vale do Amanhecer. A primeira fase foi de adaptação e aprendizado, embora, desde o começo, seu fenômeno obrigasse a uma atitude prática de prestação de serviços. Isso garantiu, sempre, a autenticidade da Doutrina do Amanhecer, desde seus primórdios. Tudo o que foi e é recebido dos planos espirituais se traduz em aplicações imediatas e é testado na prática.
  Logo que Neiva dominou a técnica do transporte consciente, isto é, a capacidade de sair do corpo conscientemente, deixá-lo em estado de suspensão, semelhante ao sono natural, e se deslocar em outros planos vibratórios, ela começou seu aprendizado iniciático.
  O transporte é um fenômeno natural – todos os seres humanos o fazem quando dormem – mas o que há de diferente na clarividência de Tia Neiva é o registro claro do que acontece, durante o fenômeno, na sua consciência normal. Todos nos transportamos durante o sono, mas as coisas que vemos ou fazemos só irão se traduzir na ação em nossas vidas inconscientemente, ou seja, nós não sabemos que fazemos coisas em nossa vida com base nesse fenômeno.
  Nesse período, que durou de 1959 até 1964, ela se deslocava diariamente até o Tibete e lá recebia as instruções iniciáticas de um mestre tibetano. Esse  mestre, que ainda está vivo, chama-se, traduzido em nossa linguagem, HUMAHÀ. Dadas as condições específicas que isso exigia de seu organismo físico, ela contraiu uma deficiência respiratória que, em 1963, a levou quase em estado de coma para um sanatório de tuberculosos, em Belo Horizonte.
  Três meses depois, ela teve alta e deu prosseguimento à sua missão, embora portadora de menor área respiratória, que limita sua vida física até hoje.
  Esse, entretanto, é apenas um aspecto das manifestações de sua clarividência. Ela se transporta para vários planos, toma conhecimento do passado remoto dela e do grupo espiritual a que pertence, recebe instruções de Seta Branca e de seus Ministros e as transmite praticamente para as ações do grupo. A comunidade da Serra do Ouro chamava-se “União Espiritualista Seta Branca” (UESB).
  Na UESB, no plano físico, o que existia era, apenas, um grupo de médiuns atendendo a pessoas doentes e angustiadas, tendo sempre à frente a figura de Tia Neiva. Havia um templo iniciático e algumas construções rústicas, tudo feito em madeira e palha.
  Existia e existem, pois, dois aspectos distintos, que é preciso compreender para explicar o atual fenômeno “Vale do Amanhecer”: o humano, como grupamento de pessoas dedicadas à assistência espiritual a outras pessoas, mediante as normas trazidas pela Clarividente Neiva do plano espiritual; e essas mesmas normas, que foram constituindo a Doutrina, ou seja, um conjunto doutrinário.
  Na proporção em que o conjunto humano cresce, ele aumenta seu poder de obtenção, controle e manipulação de energias, ou seja, sua força cresce e amplia sua base doutrinária. Por isso a Doutrina do Amanhecer apresenta um aspecto dinâmico, de contínuo fazimento, que se adapta, a cada momento, às necessidades dos seres humanos que são atendidos. Todas as instruções para as atitudes, construções, rituais e planos de trabalho continuam vindo por intermédio de Tia Neiva.
  Com relação ao futuro, quando ela desencarnar, haverá, naturalmente, algum outro processo de instruções. Isso, entretanto, está fora de nossas cogitações, uma vez que não nos compete decidir. O ciclo atual está prestes a terminar, o mundo irá passar por grandes transformações, que já se tornam evidentes ao senso comum e, naturalmente, os responsáveis pelo comando da missão do Vale do Amanhecer – Pai Seta Branca e seus Ministros –, já terão planos prontos para funcionar.